Ipatinga: uma cidade vocacionada para o desenvolvimento
Ipatinga: uma cidade vocacionada para o desenvolvimento
Publicado em 18/02/2019 14:21 - Atualizado em 14/06/2019 16:50
Quem chega a Ipatinga se impressiona com a sua área verde, uma das maiores do Brasil. Uma das últimas reservas de Mata Atlântica envolve a cidade e proporciona para os residentes e visitantes uma experiência única diante de rica biodiversidade. Muitos turistas de negócios, atraídos pela Usiminas - que integra o maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina e um dos 20 maiores do mundo - e diversas empresas do setor industrial, retornam depois para aproveitar parques, cachoeiras, lagoas e uma série de pontos turísticos dessa rica região da Bacia do Rio Doce.
Localização
É muito fácil chegar a Ipatinga. Situada no Vale do Aço, região Leste de Minas Gerais, está a 217 km de Belo Horizonte. A cidade é cortada pelas BR’s 381 e 458, que ligam-na às principais estradas e corredores do transporte rodoviário brasileiro. Sua vocação industrial exige vias que possam escoar a produção para os principais destinos do país, além dos portos usados para exportação.
O transporte ferroviário é outra elemento importante da cidade. Pela Estrada de Ferro Vitória-Minas circulam vagões com minério, bobinas de aço e diversos outros bens industriais. A ferrovia atrai ainda muitos turistas que desfrutam de comodidade, segurança e conforto em viagens tanto para a capital do Estado como para o litoral do Espírito Santo. Bastante procurado em todas as épocas do ano, o trem de passageiros da Vale do Rio Doce é uma atração à parte, com dois horários diários de embarque e desembarque. Em algumas datas, como Natal e Carnaval, é preciso garantir o bilhete com antecedência. A passagem pode ser adquirida pela internet ou nos guichês da Estação Ferroviária Intendente Câmara. Ipatinga também é servida por um aeroporto regional moderno, com voos para médias e grandes cidades do Brasil. A área de embarque fica a cerca de 15 minutos do centro, no vizinho município de Santana do Paraíso.
População
Segundo o site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população estimada para 2018 é de 261.344 pessoas. Hoje, a densidade demográfica de Ipatinga ultrapassa 1.400 pessoas por Km2. A cidade é a décima mais populosa de Minas Gerais, com 99,25% de seus habitantes na área urbana e 0,75% na zona rural. Em 2016, conforme o IBGE, o município mantinha 70.907 pessoas ocupadas. Sua taxa de escolarização, para pessoas de 6 a 14 anos, ultrapassa 97% de crianças e jovens matriculados nas escolas. Ipatinga mantém 76 escolas de Ensino Fundamental e 22 de Ensino Médio. Oferece também universidade pública e faculdades particulares com diversificados cursos de ensino superior.
A condição de pólo regional de Ipatinga atrai habitantes de várias cidades do entorno que utilizam sua infraestrutura, sobretudo os de saúde. A cidade possui 57 estabelecimentos para tratamento de saúde, com destaque para o Hospital Municipal Eliane Martins, o Hospital Márcio Cunha (a primeira entidade hospitalar do Brasil a obter o certificado de Acreditação com Excelência) e a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas - UPA. Através do SAMU, o atendimento de urgência chega a todas as ruas da cidade com rapidez e eficácia.
Infraestrutura
Outro destaque de Ipatinga é a sua infraestrutura urbana. Com 97% de esgoto tratado, o saneamento básico chega a quase toda a população. A urbanização das vias públicas já abrange 77.8% e a arborização atinge 88,5% de todas as vias. O cidadão conta ainda com ruas iluminadas por LED em todas as regiões e 97,75% das moradias são atendidas pela coleta de lixo. São recolhidas cerca de 640 ton/dia e a varrição atinge 100% das ruas pavimentadas.
Economia
O PIB per/capita de Ipatinga é o maior da microrregião e ultrapassa R$ 32 mil por habitante. De todas as áreas econômicas se sobressai a industrial. Contudo, os setores comerciais e de serviços são bastante desenvolvidos, impulsionados pelo vigor da indústria. A Usiminas é a principal locomotiva desse setor, apresentando um relevante volume de bens exportados, destaque para o aço e produtos metalmecânicos. O seu complexo industrial (que ocupa uma área total de 10,5 milhões de m² no município) atrai empresas tanto para atuar em atividades produtivas correlatas como para as demandas da cidade e dos municípios ao redor. Ipatinga possui também um distrito industrial, administrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), implantado numa área de 35.113.336 m2.
Outras atividades econômicas estão presentes e fortes no mercado de Ipatinga. Entre elas se destacam a confecção de artigos e acessórios de vestuário, extração e manipulação de minerais não-metálicos, fabricação de móveis e artefatos mobilísticos, produção de alimentos e bebidas, fabricação de produtos oriundos da metalurgia, além da extração de eucalipto destinado a abastecer a fábrica de celulose da Cenibra, grande exportadora situada no município de Belo Oriente, a pouco mais de 20 km.
O comércio e os serviços de Ipatinga oferecem infraestrutura comparável à das principais cidades do país. A avenida 28 de Abril, no centro, é o ponto mais frequentado. Outros bairros como o Bom Retiro, Canaã, Bom Jardim, Horto, Iguaçu, Bethânia, Veneza e Cidade Nobre concentram também serviços e comércios que atraem muitos consumidores. Em alguns bairros também funcionam feiras-livres regulares, sendo a mais visitada a do bairro Canaã, que ocorre aos domingos pela manhã. Outra feira tradicional é a Feirarte, que acontece aos domingos no principal cartão de visitas da cidade, o Parque Ipanema. O Shopping Vale do Aço, localizado próximo ao bairro Horto, constitui um dos maiores centros de compras do interior mineiro e importante ponto turístico da cidade.
Atrações e Marcos Turísticos
A área urbana de Ipatinga possui uma diversidade considerável de equipamentos de lazer. A cidade atrai turistas de negócios do mundo inteiro que se encantam com suas belezas naturais e a infraestrutura urbana. Entre as manifestações culturais destacam-se o Congado do Ipaneminha, a Festa da Banana em Pedra Branca, o Festival Ipatinga Live Jazz, a Expo Usipa (a maior feira comercial e industrial do interior mineiro) e o Ipatinga Gourmet.
O Parque Ipanema é uma das maiores áreas verdes do país situadas dentro de um perímetro urbano e foi um dos últimos projetos do consagrado paisagista Roberto Burle Marx. Em seus mais de 1 milhão de m² estão plantadas cerca de 12 mil árvores. O seu complexo abrange também o Parque da Ciência, onde são apresentados fenômenos físicos, biológicos, químicos e astronômicos que podem ser observados ou interagidos pelo visitante, além de playground, quadras poliesportivas, campos de futebol, pista de caminhada, ciclovias, lago e anfiteatro.
A Usipa, um dos mais antigos clubes da cidade, oferece tudo para um dia de descanso, lazer e práticas desportivas. O seu Centro de Biodiversidade, equipado com jardim zoológico e jardim botânico, também abriga trilhas ecológicas, parque aquático, áreas esportivas, lanchonetes e área de lazer para as crianças. No seu complexo encontra-se também um estádio de futebol, ginásio poliesportivo, pista de atletismo e parque aquático que sediam competições estaduais e nacionais.
Dentre os marcos de Ipatinga, destacam-se patrimônios físicos e culturais já tombados. Além da Estação Memória Zeza Souto, do Teatro Zélia Olguin e do Parque Ipanema, são exemplos de bens tombados pelo município: o Pontilhão de Ferro entre os bairros Centro e Veneza; a Estação Pouso de Água Limpa, réplica de uma estação ferroviária de 1917, anexa ao Parque Ipanema; a Academia Olguin, que depois de servir como restaurante da Usiminas passou a sediar aulas de caratê e dança ainda na década de 70; a Igreja Nossa Senhora da Esperança, do bairro Horto, sede da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, construída em 12 dias por trabalhadores da Usiminas, em 1959; o Grande Hotel Ipatinga, projetado por Raphael Hardy Filho no bairro Castelo e concluído em 1961, e as ruínas da Estação Pedra Mole, próxima ao encontro do rio Piracicaba com o Doce, entre os bairros Cariru e Castelo.
Lagoa Silvana
O Clube Náutico Alvorada (Lagoa Silvana) está apenas a 6 km do Centro de Ipatinga. Essa lagoa histórica é o principal destino para o verão do ipatinguense, que busca suas águas limpas para banhos, pesca esportiva e passeios de barcos e jet-ski. O Clube foi criado pela Usiminas para atender à população de Ipatinga e região, apesar de estar localizado no município de Caratinga. Já sediou etapas do Campeonato Brasileiro de Motonáutica. Conta com praia artificial, ancoradouros, toboágua, marinas, parque aquático infantil, galpões para churrasqueiras, área de camping, pousadas/chalés, polígono de Tiro, restaurante e lanchonete, pista para prática de Aeromodelismo, além de várias praças e jardins.
Ipatingão
O Estádio Municipal João Lamego Netto é o principal palco futebolístico da cidade e do Vale do Aço e tem capacidade para até 23 mil pessoas. O Ipatingão, como também é conhecido, é considerado a "casa" do Ipatinga Futebol Clube, o time de futebol mais bem-sucedido da região, com participações nas divisões principais dos campeonatos Brasileiro e Mineiro.
Fundado em 1998, o jovem time do Ipatinga Futebol Clube alcançou uma das trajetórias mais fulgurantes e meteóricas do futebol brasileiro, sendo campeão estadual em 2005 com vitórias históricas sobre o Cruzeiro Esporte Clube e também semifinalista da Copa do Brasil, em 2006. Em 2017, foi campeão da Segunda Divisão do futebol mineiro. Hoje, o Ipatinga luta para retornar aos seus melhores dias. Disputa o Módulo 2 do Campeonato Mineiro.
Copa do Mundo
Em 2010, com a reforma do estádio Governador Magalhães Pinto (o Mineirão, em Belo Horizonte) para a Copa do Mundo FIFA de 2014, o Ipatingão passou a sediar alguns dos jogos das principais equipes da capital mineira (Cruzeiro e Atlético).
O estádio Amaro Lanari Júnior, como é chamado o estádio da Usipa, foi inaugurado em 7 de setembro de 1961 e seu centro de treinamento já foi utilizado por clubes de futebol da elite nacional e mesmo internacional, como Atlético Mineiro, São Paulo e o San Lorenzo, da Argentina.
História
Com apenas 54 anos, Ipatinga já viveu momentos intensos em sua história.
A pré-história
Entre os séculos XVI e XVII, entradistas seguiam pela região à procura de ouro e materiais de valor. A descoberta de ouro na região central de Minas Gerais fez com que vilas e povoados crescessem em locais que até então eram habitados apenas pelos índios Botocudos. Pouco tempo depois, a Coroa portuguesa proibiu o povoamento da região do Vale do Rio Doce, para evitar o contrabando de materiais preciosos. Na segunda metade do século XVIII, Antônio Noronha ordenou a construção de uma estrada ao leste da capitania, justificando que havia ouro a ser extraído. A estrada foi concluída pouco tempo depois.
Os primeiros civilizados a chegarem até a região de Ipatinga e o atual Vale do Aço vieram em 1752, de Sant’Ana do Alfié, pela Serra da Vista Alegre. Atravessando o rio Piracicaba, abriram em sua margem esquerda uma posse no lugar depois conhecido por Sítio Velho, nas cercanias da atual Usiminas.
No início do século XX, as principais atividades econômicas eram a agricultura de subsistência e a pecuária. No ano de 1901, com a criação da Estrada de Ferro Vitória-Minas - EFVM, o engenheiro Pedro Nolasco foi contratado para planejar uma estrada margeando o rio Doce, que fosse desde o Porto de Vitória até a cidade de Diamantina. Sete anos mais tarde, um estudo comprova o alto teor de ferro nas jazidas de minério de Itabira. O interesse internacional dos ingleses muda o projeto original da ferrovia, para facilitar o escoamento da produção para o Porto de Vitória, pelo qual seria levada em direção à Europa.
Uma cidade nos trilhos
Com a construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas, começaram a vir os primeiros habitantes da primitiva cidade de Ipatinga e da Região Metropolitana do Vale do Aço. Através dos trilhos da estrada de ferro, fixaram-se na região, além dos operários, viajantes de várias partes de Minas Gerais e até de diferentes lugares do Brasil que vieram tentar a sorte na cidade. Em 22 de agosto de 1922, foi inaugurada a Estação Pedra Mole, a primeira da cidade. O primeiro a fixar pouso foi José Fabrício Gomes, explorador de matas, que se apossou de uma área onde hoje está situado o município de Ipatinga, com a intenção de explorar madeira. Pouco tempo depois, as terras foram repassadas a José Cândido de Meire, tendo este aumentado a atividade de extração de madeira. Logo após, Alberto Giovannini transformou o local numa fazenda de gado, tendo construído ainda no terreno uma boa casa e, aproveitando o solo fértil, ocupou-se do cultivo de lavoura, atraindo colonos para o trabalho na fazenda. No ano de 1930, o trajeto da EFVM foi alterado. A Estação de Ipatinga (atualmente Estação Memória) foi construída para substituir a de Pedra Mole, que desabou em virtude da instabilidade do terreno junto a dois cursos hídricos. Suas ruínas ainda restam na beirada do rio Piracicaba, perto da confluência com o rio Doce. Tudo o que resta desta estação – alvo de projetos de revitalização – é uma parede, suas fundações e um poço abandonado na região dos bairros Castelo e Cariru. Ao redor da Estação Ipatinga, o povoado continuou crescendo e se desenvolvendo.
Usiminas
A vocação siderúrgica da região inicia-se em 31 de outubro de 1944, quando foi inaugurada no hoje município de Timóteo a antiga Acesita - Companhia de Aços Especiais Itabira (atualmente Aperam). Dessa época também é a elevação de Ipatinga a distrito de Coronel Fabriciano. Em 27 de dezembro de 1948, depois de um longo processo tramitado na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), o governador Milton Campos assina a Lei nº. 336, criando o município de Coronel Fabriciano, emancipando-o de Antônio Dias. Junto com a emancipação, Ipatinga também se eleva a distrito da cidade.
Oito anos mais tarde, uma delegação japonesa visita o então distrito de Ipatinga, sendo escolhido como sede da instalação da Usiminas em 25 de abril de 1956, data que hoje é considerada como dia oficial da fundação da empresa. Para essa decisão, foram levados em conta aspectos como a topografia apropriada, pequena distância entre as fontes de matéria-prima e os centros consumidores, facilidades dos recursos hídricos, abundância de energia elétrica, pessoal especializado, malha ferroviária local e proximidade com outros centros siderúrgicos. Com as notícias da construção da siderúrgica que se instalaria na região, foi grande a chegada de novos moradores, antes de sua instalação. Isso aumentou a necessidade de um planejamento urbano para a cidade. Os empregados da empresa foram instalados em acampamentos improvisados, distribuídos por toda a extensão do distrito. Os aventureiros amontoaram seus barracos nas vias públicas e praças. No dia 26 de outubro de 1962, o então presidente do Brasil, João Goulart, inaugurou a Usina Intendente Câmara, dando início ao seu funcionamento e à produção industrial.
Conflitos urbanos e emancipação
Protestos de trabalhadores da Usiminas contra as más condições de moradia e trabalho, além de agravantes como a humilhação de que se queixavam ao serem revistados antes de entrar e sair da empresa, reforçaram a presença de tropas militares sob ordens do governador mineiro José de Magalhães Pinto. Em 7 de outubro de 1963, cerca de 6.000 trabalhadores em greve à frente da portaria da empresa foram alvo de 19 soldados no alto de um caminhão. A história registra que, acuados em meio à multidão, puseram-se a disparar contra os operários. O episódio, conhecido como Massacre de Ipatinga, resultou oficialmente em oito mortes e 79 feridos, apesar de tais números sempre terem sido contestados.
Houve, nos meses seguintes ao chamado massacre, aumentos salariais, a substituição do quadro de vigilantes e a condenação dos soldados envolvidos em agressões. Anteriormente, já existia um sentimento de insatisfação da população de Ipatinga com a administração de Coronel Fabriciano, devido à distância até a sede municipal e à relativa sensação de isolamento, o que levou à formação de uma comissão pró-emancipação do então distrito, em 1962.
Com o rápido crescimento, se tornou fundamental que Ipatinga tivesse autonomia administrativa. A pequena vila dependia diretamente dos interesses da sede, Coronel Fabriciano, e os moradores acusavam políticos fabricianenses de descaso administrativo. A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais aprovou, em redação final, no ano de 1962, o projeto de revisão administrativa que criou 237 novos municípios. Entre eles estavam Ipatinga - juntamente com o distrito de Barra Alegre - e Timóteo, contudo excluídos pelo Governador José de Magalhães Pinto, que enviou mensagem às comissões Pró-Emancipação dos dois municípios do Vale do Aço, informando os seus motivos: afirmava que pretendia manter uma unidade política, administrativa, econômica e financeira desse pólo siderúrgico.
No entanto, uma quebra de aliança entre o prefeito fabricianense e Magalhães Pinto permitiu que uma nova comissão conseguisse a aprovação da emancipação de Ipatinga pela Secretaria de Interior do Estado, em 28 de abril de 1964. No mesmo processo também houve a emancipação do distrito de Timóteo, desmembrado de Coronel Fabriciano, além de João Monlevade e Bela Vista de Minas. A notícia da independência de Ipatinga e Timóteo foi anunciada em um palco montado no Centro de Fabriciano, por volta do meio-dia da mesma data, sendo oficializada com a publicação no Diário Oficial do dia seguinte, 29 de abril. José Orozimbo da Silva foi empossado como intendente, sendo posteriormente substituído por Délio Baêta Costa. Porém, Fernando Santos Coura foi o primeiro prefeito eleito e veio a assumir o cargo em 4 de dezembro de 1965.
Consolidação urbana
Até 1967, encontravam-se implantados na então Vila Operária os bairros Amaro Lanari, Bom Retiro, Cariru, Castelo, Horto, Imbaúbas e Vila Ipanema. Dentre outros bens infraestruturais básicos, foram construídos o Colégio São Francisco Xavier (1962) e o Hospital Márcio Cunha (1967).
Entre as décadas de 70 e 80, foram construídos cemitérios, salas de cinema, fundações culturais e teatrais, o terminal rodoviário e o Ipatingão.
Paralelo à original Vila Operária, o crescimento da população não industrial induziu o surgimento de novas divisões sem relação com a empresa, em especial na periferia da cidade, no decorrer da segunda metade do século XX.
No começo da década de 1990, a efervescência da atividade comercial incentivou a estruturação do Centro da cidade, criando-se o chamado Novo Centro, com parte da população ribeirinha sendo remanejada para casas populares em outros núcleos habitacionais.
A privatização da Usiminas, no início da década de 90, resultou na desvinculação da administração pública com foco mais direto na empresa, estabelecendo-se a priorização natural da cidade como um todo. Ao longo do tempo, com o crescimento populacional da cidade, houve a necessidade da expansão dos setores econômico e turístico de Ipatinga. Em 20 de outubro de 1982 é inaugurado o Kart Clube Ipatinga; em 6 de novembro de 1983 é fundado o moderno Kartódromo Emerson Fittipaldi, junto ao Parque Ipanema, frequentado por pilotos de ponta como Rubens Barrichello e Christian Fittipaldi; em 3 de março de 1990 acontece a inauguração do Aterro Sanitário de Ipatinga; em 21 de maio de 1998 é fundado o Ipatinga Futebol Clube; em 23 de setembro do mesmo ano é inaugurado o Shopping do Vale do Aço, dotado ainda do Centro Cultural Usiminas.
Também em decorrência do crescimento demográfico de Ipatinga e cidades-polos vizinhas, em 12 de janeiro de 2006 é oficializada a criação da Região Metropolitana do Vale do Aço, reunindo também Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso e Timóteo. Outros 22 municípios compõem o chamado Colar Metropolitano.
Atualmente, Ipatinga e o Vale do Aço se destacam pela sua vocação industrial já conhecida, mas com setor de serviços e comércio em pleno desenvolvimento e expansão, se caracterizando como pólo regional para várias cidades do Leste de Minas.
por Assessoria