PMI adota hidroxicloroquina e azitromicina para pacientes com sintomas leves da Covid
Publicado em 01/07/2020 17:33 - Atualizado em 02/07/2020 12:54
Desde o último dia 22, médicos que atendem nas Unidades Básicas de Saúde de Ipatinga já são orientados, por meio da nota técnica 01/2020, publicada no Diário Oficial, ao uso da Hidroxicloroquina e Azitromicina para o tratamento contra o coronavírus. Os pacientes, mesmo ainda suspeitos, passaram a receber os medicamentos, em caso de prescrição médica, como forma de evitar o agravamento da doença a ponto de haver necessidade de internação.
A nota técnica 01/2020, que trata do assunto, dá mais segurança ao corpo médico para seguir orientação do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina.
“A Covid-19 é algo dinâmico e estamos acompanhando esse dinamismo. Através dessa nota técnica, nós estamos dando ao médico que entender necessário, ainda na fase inicial da doença ou mesmo durante o estágio de suspeição, a segurança para receitar a hidroxicloroquina e Azitromicina. Esses medicamentos, inclusive, já eram usados nas fases mais avançadas da doença. E, em breve, vamos emitir uma outra nota em relação à Ivermectina. Lembrando que essa ação tem por objetivo evitar o agravamento do quadro do paciente, com o tratamento precoce. Contudo, não podemos esquecer que é um medicamento e, por isso, cabe ao médico a decisão de prescrição. O paciente também terá de assinar um termo confirmando a ciência, e, se necessário for, vamos fazer um eletrocardiograma para garantir a segurança dele”, destacou a Administração.
Ainda segundo o Executivo de Ipatinga, em um primeiro momento o medicamento será fornecido aos pacientes na rede pública. “Nós vamos também colocar à disposição, neste início, a cessão destes medicamentos na Policlínica. Mas, sabemos que é um momento difícil para a compra de medicamentos. A princípio temos na rede a Hidroxicloroquina e Azitromicina para atender a população”, disse.
O médico Leonardo Ennes Carrilho, Responsável Técnico da Atenção Básica, relata que os medicamentos são usados em vários países e serviços médicos para o tratamento de pacientes em fases iniciais da doença. “Os pacientes assinam um termo de consentimento dando ciência de que estão recebendo um tratamento que ainda não está completamente elucidado e esclarecido quanto à eficácia em relação à doença. Existem vários estudos em andamento no mundo e nos antecipamos baseados em orientações do Ministério da Saúde”, disse.
Telemedicina
Além de ampliar o acesso dos pacientes ao tratamento precoce da doença, a Administração montou uma estratégia para o monitoramento do uso pelos pacientes. Desta forma, será possível avaliar a evolução do quadro médico. Esse processo de monitoramento teve início nesta quarta-feira (1°), em parceria com a Faculdade de Medicina Univaço.
“Uma vez que o paciente recebe a prescrição, vamos fazer o monitoramento por telefone durante os cinco dias de uso, com a possibilidade de estender o acompanhamento até o décimo quarto dia. É um trabalho em parceira com a Univaço, com equipe composta pelos alunos da faculdade, sob a supervisão de professores médicos”, concluiu Carrilho.
por SECOM/PMI